segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Eco e Eu

À pedido de um amigo, venho ultimamente tentando remontar ao meu primeiro contato com a obra de Umberto Eco, mais precisamente O nome da rosa. Ele quer saber de onde vem tanta paixão e quando começou tudo isso. Disse-lhe que iria tentar.

Encontrei Eco, graças a Deus, remexendo nas prateleiras de Literatura, na biblioteca de minha Universidade. Eu cursava então o primeiro ano e passava longe da parte de comunicação. Que surpresa a minha! Descobri que o magnífico filme que me fora permitido assistir na época de colegial era, na verdade, adaptação de uma obra literária, cujo autor era um italiano famoso por seus tratados de semiótica e, por ironia, de comunicação.

Desde então, no intervalo de uma leitura e outra, sempre quero reler O nome da rosa. Releio. Eco virou muito mais que um ídolo para mim. Com A Misteriosa Chama da Rainha Loana, parece que um pouco desconhecida por aqui, voltei a ser criança e a ver a vida com um olhar de quem sonha. Em Apocalípticos e Integrados, aprendi a dosar meu lado critico para com a mídia e os meios de comunicação de massa. Como Se Faz uma Tese me ensinou que “uma tese é como um porco: aproveita-se tudo”. Em Interpretação e Superinterpretação, percebi que antes de me interessar por teoria literária eu defendia a superinterpretação, hoje nem tanto, e por aí vai. Dei muita risada com os relatos do Diário Mínimo, não entendi nada em A definição da arte, me empolguei com Seis passeios pelos bosques da ficção, enfim, e hoje não me podem faltar os artigos da Entrelivros.

Ah, mas o meu amigo me pediu para que eu falasse mais precisamente de O nome da rosa, né?Ficará pra depois, pois Adso precisa ouvir as confidências de Salvatore, que não podem ser resumidas em poucas palavras, mas que lhe inspiram muitas preocupadas meditações... E é tudo.

Um comentário:

Anônimo disse...

Passei por aqui para deliciar-me com os textos e parabenizá-lo pelo bom gosto em ter o Eco como mestre.

(O meu é melhor, mas tudo bem..)


Beijos e escreva muito.
Escreva sempre!