domingo, 7 de outubro de 2007


Inimigo do silêncio

Um domingo, um domingo qualquer. Coisas demais, e no entanto poucas coisas de fato me acontecem. Aliás, o que me acontece?Nada me acontece, eu que aconteço as coisas.

Ontem saí e percebi o quão inimigo o silêncio me é. Amigos de um amigo conversavam e eu... Mudo!Batizaram-me assim. Entretanto, mal sabiam eles que aquilo me incomodava deveras e que, se dependesse de mim, eu gritaria aos quatro cantos tudo o quanto, naquele exato momento, se passava em minha mente.

Eram reflexões filosóficas profundas, parecia que meu cérebro, num piscar de olhos, entendia tudo e de tudo. Mas, como sempre acontece comigo, eu não sabia me expressar e por isso não disse nada. Eu poderia tentar, caro leitor, lhe passar agora, enquanto escrevo essas linhas, as reflexões interessantíssimas de ontem, porém desnecessário dizer que seria em vão. Prefiro me repetir, e, com sua licença, calar-me. O silêncio é meu inimigo, como já disse anteriormente, mas já é um primeiro passo.

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